segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Pois é, após infindáveis séculos sem ajuntamentos, o gang reuniu-se para mais uma mega caminhada algures pelos trilhos da maravilhosa Serra de Monchique. Como sempre, abalamos pelas 9:45, rumo ao estacionamento do Heliporto, pois a partida era lá. Mas por pouco, não iamos deixar o carro noutro sitio, que com a feira dos enchidos e a tenda a ser montada lá, quase não tínhamos espaço. Descansa Pernas fechado, seguimos então rumo, com logo o primeiro desvio do trajecto a acontecer na parte inicial, nada de grave. Neste desvio procedeu-se à primeira procura do pau, sendo bem sucedida um pouco mais à frente-o que seria duma caminhada sem pau!!! Seguimos pelo vale da Ribeira de Monchique(verdadeira) onde se poderam ver e brincar com as aguas verdes regeneradoras, num momento educativo e lúdico, sem igual. Foi tambem nesta altura que se fez o resumo dos ultimos "Curiosity" do Discovery Channel. Mais à frente, na zona da Malhada Quente, um pequeno engano devido a erro do gps, que nos fez ter de voltar atrás e me alertou para nunca mais deixar o Garmin em casa. Na zona da Foz das Ribeiras, primeira travessia de ribeira do dia. Aqui construiu-se a primeira tentativa de passagem com pedras, embora eu desse uso à impermeabilidade das sapatilhas. Mais à frente nova passagem, eu utilizando o mesmo método. Do outro lado da ribeira eu e o Big, lá fizemos a boa ação e colocamos um tronquinho na agua, com um calço, para ajudar o David e o Ricardo a passar-E eles usaram mesmo o dito cujo. Aqui já se ouvia as primeiras reclamações do dia, pois já era uma da tarde e o senhor Ricardo estava cheio da fome! Óbvio que só se iria comer alguma coisa no Alferce e após a dura subida até lá acima. Antes ainda do almoço, nada como gamar umas laranjas no Povo de Baixo. Chegados ao Espelho de agua do Alferce, hora do almocinho, que para variar seriam conservas, pão e sardinhas. Um mimo. Pança cheia, siga viagem. Ao passar pela casa dos pais do André, tive a feliz ideia de lhe ligar e curiosamente ele estava por lá, mesmo na casa abaixo do espelho de agua. Com isto, lá tivemos de ir verificar a morte-porco que se executava, beber um medronho e comer uma fateia de bolo de laranja-obrigado ao mãe do André, claro! Digestivo tomado, seguimos Picota acima. Nesta altura as baterias dos telemóveis começaram a morrer, e no meu caso, o Locus dizia-me que o caminho era 500 metros de lado-bug do locus que por algum motivo não acertava na posição. Ora sem gps e com pouca bateria, toca a desligar tudo, e fazer navegação apenas com as ortofotos. Nesta altura já o senhor Big tinha sido ferrolhado por uma abelha malina, na zona do SPA. Sei também de alguém que desprezou um novelinho, mas não digo nomes... Algumas paragens para ver as vistas e as vacas, subida acima, tudo pacifico. De repente entramos numa zona de corte de eucaliptos, onde custava-se a andar mas que não impedia a progressão da malta. Aqui já seguíamos os pontinhos vermelhos, que nos indicavam para nos enfiarmos num pequeno caminho pelas rochas e eucaliptos. E assim foi até ao cimo da Picota, seguindo os "red dots" e apreciando as paisagens e os escaravelhos. No topo, pausa para lanchar, pescar, comer frutas desidratadas, ver barbeletas (desta vez o espanta barbeletas estava OFF), dialogar com alguns locais-importante saber que quem caminha até à Picota também vai à Foia, que são só mais 200 metros, dito pelos artistas que foram de carro lá acima) e ainda jogar ao "Onde está o helicoptare dos bombeires" que andava por ali devido a um incêndio que deflagrou na serra. Iniciamos então a descida, que iria sofrer algumas alterações, pois o Big tinha um novo caminho por onde tinha subido noutra vinda. Assim, alteramos o trajecto por mais uns espectaculares trilhos, onde ainda tentamos que o Ricardo caísse numas pedras, mas sem efeito. Também se jogou golf e baseball, com bolinhas das árvores-tudo projectos frustrados claro está! Óbvio que todos os caminhos vão dar ao Café Aguas, ponto de referencia em todas as caminhadas, onde se fez a paragem para o suminho e bolinho de amêndoa. Até ao estacionamento foi um saltinho, aproveitando desta feita para esconder os paus, para a próxima ronda. No final, foram 24 Km de belas paisagens num trajecto espectacular por Monchique, e grande momentos de convívio e parvoíce, coisa natural do Gang. Já se prepara o próximo trajecto... Até lá, divirtam-se =)

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Utilizar imagens de satélite em equipamentos Garmin

 Enquanto saco mais uns tiles do OCM...
 O MOBAT o que faz, muito simplesmente, é gravar imagens de servidores de mapas (tipo GoogleEarth, VisualEarth, OpenStreetMaps, Nokia\Ovi maps, etc) para utilização offline, em formatos compatíveis com softwares de pc (Ozi, CompeGPS, GoogleEarth...), softwares de smartphones (no caso de android: Orux, Locus, Maverick, OutdoorNavigation...) e equipamentos Garmin (directamente, salvando como Garmin Custom Maps,KMZ com limitações...). E é por isso que gosto dele, num só software crio mapas para tudo o que faz falta, consoante o local e a actividade que vá fazer (btt, geocaching...). Existe um bom tutorial aqui: http://att-tutoriais.blogspot.com/2011/11/mobac.html , vídeos de como criar um mapa para um aparelho Garmin http://youtu.be/lDiBnBgx-_E , ou http://youtu.be/m4exhu4EThE . Os vídeos demonstram como é simples criar um tipo de mapa, escolhendo a fonte "mapsource", os níveis de zoom e guardá-lo com o formato pretendido. Nos vídeos é possível ver a criação dum ficheiro KMZ, que serve para os equipamentos Garmin(ou para o GoogleEarth). Basta colocar esse ficheiro na pasta Garmin\CustomMaps, e passam a ter uma camada de imagem sobreposta aos mapas vectoriais da Garmin (Isto se o KMZ tiver bem configurado, com uma DrawOrder correcta-Mas isso já é outro assunto...). O problema deste método é que estes ficheiros KMZ têm limitações, nomeadamente o tamanho das "tiles" que não deve ser maior que 1024x1024 ou 1Mega, o numero de tiles por equipamento (penso que é 100, menos nos modelos Montana que são 500), a velocidade de rendering lenta e apenas permite um nível de zoom. Como tal, podemos utilizar o formato proprietário da Garmin, o "JNX". Este permite até 50000 tiles, 5 níveis de zoom e é bastante mais rápido no rendering (internamente, no ficheiro, existe uma organização multi-tiles de 256x256). Como este formato foi desenhado para ser utilizado com o serviço pago BirdsEye da Garmin, os equipamentos têm alguns mecanismos que impossibilitam de criar mapas pessoais destes, e os colocar no equipamento, a não ser que se use um firmware que retire essa limitação.
 Posto isto, surgiu-me a duvida de como criar JNX, utilizando o MOBAC, e pesquisei. Infelizmente, não tenho um equipamento Garmin para poder testar a funcionalidade dos ditos, como tal limito-me a demonstrar o processo. Há funcionalidades como as escalas, níveis de zoom e customizações, as quais não posso testar =( Assim, para a conversão, precisam do MOBAC e do MOBAT2JNX.
 1º- No MOBAC escolhem até 5 níveis de zoom e respectivas fontes de mapas (podem ser diferentes consoante o nível de zoom) e escolhem o formato do atlas como "OSMTracker tile storage". É importante ser este formato, pois com qualquer outro o processo não funcionará. Este grava os mapas em tiles de 256x256, com uma organização de pastas estilo GoogleEarth "{ZOOM}\{X}\{Y}.jpg" (Não entendem o esquema? vejam http://www.maptiler.org/google-maps-coordinates-tile-bounds-projection/ que vos demonstra a organização GE "zoom\x\y", a organização TMS "zoom\y\x" utilizada pelo TileMapService e a "quadtree" utilizada pela Microsoft/Bing ;) ). Criem o mapa e entrem na pasta onde o guardaram. Se apenas criaram com uma mapsource terão uma pasta "nome da mapsource"\"nivel de zoom-12, 15, etc"\"x"\"y.jpg". No caso de várias mapsources terão várias pastas com o respectivo nome. Nesta situação precisam de juntar todos os níveis de zoom em apenas uma pasta(ou seja, juntam os vários níveis das diferentes pastas-17, 15, 14, 12, 9 P.Ex.- apenas numa pasta). Isto tem de ser feito pois o MOBAC2JNX apenas vai processar os dados de uma pasta.
 2º-Instalem o MOBAC2JNX. Não corram o programa do menu iniciar pois este não vos vai fazer nada. Este programa não tem GUI, logo terão de utilizar uma linha de comandos para trabalhar com ele. Vão ao menu Iniciar>>Executar>>cmd para abrirem uma linha de comandos. Depois escrevam "o caminho onde está instalado o programa" "espaço" "o caminho para a pasta onde guardaram o atlas" e dêem Enter (Ex:"C:\programas\MOBAC2JNX\mobac2jnx.exe C:\mapas\"). O programa vai converter os tiles num ficheiro "jnx.jnx", na mesma pasta dos tiles. Agora é só colocar este ficheiro no gps, na pasta \Garmin\BirdsEye\ do cartão de memoria(se não exitir, simplesmente criem uma pasta com esse nome). Não coloquem estes mapas na memoria interna do equipamento, pois qualquer erro pode deixar o aparelho bloqueado.
  Infelizmente, não tenho um equipamento Garmin recente que me permita testar na pratica este método, embora saibe que funcione. O que gostaria de testar e perceber como funciona tem a ver com as atribuições de níveis de zoom nos JNX, que têm o seu funcionamento especifico, assim como modificar o nível a partir do qual se apresentam estes mapas e não os vectoriais normais(se alguém quiser brincar com isso: JNXCustomizer).
  Fica um vídeo a demonstrar o processo. Aqui criei um atlas com 2 mapsources, 5 níveis diferentes, intercalados. Depois fiz a conversão, sem utilizar nenhuma opção do MOBAC2JNX. Por fim, abri o ficheiro JNX criado no QLandkarteGT, onde se podem perceber as alterações nos 5 diferentes níveis de zoom.
 Resumindo: Mobac>OSMTracker tiles>Mobat2jnx>*.JNX